Para diretor do Grupo Abra (e vice-presidente da ABRH-SC)
, dirigentes não entendem a lacuna entre o que as empresas podem oferecer e o que as pessoas querem
Nunca houve uma preocupação tão grande em relação à gestão de pessoas como na atualidade. Fato evidenciado pelos comentários de profissionais de RH e empresários em relação aos altos índices de turnover e absenteísmo, além da dificuldade em contratar profissionais que atendam às necessidades organizacionais.
O que vemos hoje é uma grande lacuna entre o que as empresas podem oferecer e o que as pessoas anseiam. Esta lacuna é representada por inúmeros fatores, e nota-se que muitos dirigentes não conseguem compreender este fenômeno e implementam ações com poucos resultados.
Enquanto não conhecermos com profundidade e inteligência determinado fato, não conseguiremos encontrar as possíveis soluções e atuaremos apenas na superficialidade.
É preciso estar consciente de que o mundo de gestão de pessoas é dinâmico, complexo e precisa ser analisado com sabedoria, pois impacta diretamente na competitividade. O chavão “as pessoas são os diferenciais” precisa se tornar verdadeiro. Enquanto isto não acontecer, vamos acumulando perdas com o intenso fluxo de pessoas.
Outro fator a ser considerado é em relação à remuneração. Ouvimos por muito tempo a afirmação de que o salário não motivava as pessoas. Isto pode até ter sido uma realidade, num ambiente marcado por comportamentos sociais diferentes, como ocorria no passado.
As gerações anteriores tinham em comum uma característica que era a paciência em relação ao desenvolvimento profissional. Estas gerações também viviam num ambiente marcado pela colaboração e não pela competição. Nos últimos anos, incentivamos novos comportamentos para tornar as pessoas mais ambiciosas e competitivas, para que pudessem atingir as metas, além, é claro, de reforçarmos a busca constante de conhecimento e a necessidade de mudança, comum em ambientes mais dinâmicos.
No chão de fábrica, o desafio da estabilidade é mais impactante. Uma geração mais consumista torna-se mais exigente em relação àquilo que recebe como retorno pelo seu trabalho. Temos que considerar também que os novos trabalhadores foram criados em ambientes relativamente confortáveis e liberais e se assustam com a disciplina rígida, o calor excessivo, a poluição sonora e outras situações que causam desconforto.
Existem outros fatores que necessitam de maior compreensão para entendermos o que está acontecendo. O primeiro passo é substituir a gestão de pessoas pela liderança de pessoas, muito mais completa, inteligente e estratégica.
Link de origem: http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/politica-e-economia/noticia/2015/01/gestao-superficial-de-pessoas-4685580.html
, dirigentes não entendem a lacuna entre o que as empresas podem oferecer e o que as pessoas querem
Nunca houve uma preocupação tão grande em relação à gestão de pessoas como na atualidade. Fato evidenciado pelos comentários de profissionais de RH e empresários em relação aos altos índices de turnover e absenteísmo, além da dificuldade em contratar profissionais que atendam às necessidades organizacionais.
O que vemos hoje é uma grande lacuna entre o que as empresas podem oferecer e o que as pessoas anseiam. Esta lacuna é representada por inúmeros fatores, e nota-se que muitos dirigentes não conseguem compreender este fenômeno e implementam ações com poucos resultados.
Enquanto não conhecermos com profundidade e inteligência determinado fato, não conseguiremos encontrar as possíveis soluções e atuaremos apenas na superficialidade.
É preciso estar consciente de que o mundo de gestão de pessoas é dinâmico, complexo e precisa ser analisado com sabedoria, pois impacta diretamente na competitividade. O chavão “as pessoas são os diferenciais” precisa se tornar verdadeiro. Enquanto isto não acontecer, vamos acumulando perdas com o intenso fluxo de pessoas.
Outro fator a ser considerado é em relação à remuneração. Ouvimos por muito tempo a afirmação de que o salário não motivava as pessoas. Isto pode até ter sido uma realidade, num ambiente marcado por comportamentos sociais diferentes, como ocorria no passado.
As gerações anteriores tinham em comum uma característica que era a paciência em relação ao desenvolvimento profissional. Estas gerações também viviam num ambiente marcado pela colaboração e não pela competição. Nos últimos anos, incentivamos novos comportamentos para tornar as pessoas mais ambiciosas e competitivas, para que pudessem atingir as metas, além, é claro, de reforçarmos a busca constante de conhecimento e a necessidade de mudança, comum em ambientes mais dinâmicos.
No chão de fábrica, o desafio da estabilidade é mais impactante. Uma geração mais consumista torna-se mais exigente em relação àquilo que recebe como retorno pelo seu trabalho. Temos que considerar também que os novos trabalhadores foram criados em ambientes relativamente confortáveis e liberais e se assustam com a disciplina rígida, o calor excessivo, a poluição sonora e outras situações que causam desconforto.
Existem outros fatores que necessitam de maior compreensão para entendermos o que está acontecendo. O primeiro passo é substituir a gestão de pessoas pela liderança de pessoas, muito mais completa, inteligente e estratégica.
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