O feedback com comunicação não violenta

Dar um feedback no meio corporativo significa oferecer um retorno sobre o trabalho de alguém. Uma avaliação sobre o desempenho e as atitudes do profissional. O propósito é fornecer informações para que a pessoa consiga melhorar sua performance e evoluir na carreira.

Mas no dia a dia, nem sempre é assim que realmente funciona. Muitos feedbacks são repassados de forma agressiva e até constrangedora. E o que seria um meio eficiente para o desenvolvimento, transforma-se em uma ferramenta geradora de desmotivação e que pode provocar o afastamento completo do profissional.

Por isso então, fica evidente a importância de realizar a prática do feedback com as melhores técnicas possíveis. Muitas empresas já estão observando esta necessidade de fazer um feedback que de fato agregue valor ao profissional e à própria organização, sem ser executado somente para cumprir metas ou roteiros estabelecidos.

“O feedback foi um dos assuntos abordados com bastante ênfase no Congresso Mundial de RH, em Chicago (EUA), em junho deste ano”, destaca o presidente da ABRH-SC e diretor da Keep Talent, Paulo Sergio de Souza Correa, que esteve no evento internacional, onde foram discutidas várias tendências mundiais na gestão de pessoas.

O tema teve relevância, pois o feedback é, reconhecidamente, uma poderosa ferramenta de gestão de pessoas e de alinhamento estratégico. "Como gestores, precisamos muitas vezes ter conversas difíceis. Quando entendemos os princípios do feedback e o utilizamos em sua plenitude, trazemos um novo pensar para os profissionais que estamos dando feedback, reflexões e possibilidades de mudanças no mindset", afirma Correa.

O presidente da ABRH-SC complementa ainda que consideração, empatia e compaixão são atitudes que podem transformar o ambiente organizacional e potencializar o desenvolvimento das pessoas, e isto pode ser colocado em prática com o feedback com comunicação não violenta.

O que é a comunicação não violenta?

A Comunicação Não-Violenta (CNV) foi desenvolvida pelo psicólogo e professor norte-americano, Marshall Rosenberg, e estabelece um processo onde as pessoas aprendem a ouvir as suas próprias necessidades e as dos outros, sem usar uma linguagem de acusação, julgamento e dominação.

É considerada uma técnica simples, mas com poder altamente transformador. A CNV ajuda a mudar velhos padrões de agressividade e postura defensiva para uma atitude de mais empatia, o que pode melhorar a qualidade de todos os tipos de relacionamentos. Por isso, pode ser utilizada em relações pessoais, em situações de grave conflito ou mesmo no meio corporativo nas relações profissionais, como estamos focando aqui.

"A CNV nos permite resgatar o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, valores e a capacidade de se expressarem com honestidade, ajudando os outros com real empatia – ou seja, mergulhando nas verdadeiras necessidades do outro e não exclusivamente em suas vontades. Ela envolve, inicialmente, uma mudança de foco: de nossos erros e dos erros do outro, para as necessidades de todos", explica Jaime Ricardo Vahldick, que será um dos facilitares do Workshop Feedback com Comunicação Não Violenta, promovido pela ABRH-SC no dia 2 de outubro, no Espaço Addção, em Gaspar.

Ferramenta de desenvolvimento humano

No workshop, os participantes poderão se conscientizar sobre a importância da prática do feedback assertivo para o desenvolvimento de equipes funcionais e conhecer a prática do feedback através da Filosofia da Comunicação Não Violenta de Marshall Rosenberg.

"O feedback é uma ferramenta fundamental para que as pessoas possam perceber o impacto que os seus comportamentos causam nos outros, sejam positivos ou negativos. A CNV vem para agregar esta ferramenta poderosíssima de desenvolvimento humano, ampliando as possibilidades de fazer gestão e quebrando alguns paradigmas", diz Vahldick.

Para profissionais que trabalham em organizações onde ainda prevalece o método mais tradicional de feedback, esta é uma oportunidade para conhecer novas técnicas e começar a fazer diferente e ter melhores resultados.

"As empresas que ficam utilizando sempre a mesma maneira de fazer as coisas podem estar perdendo oportunidades de enxergar o potencial das pessoas, desperdiçar talentos e criar uma cultura de estabilidade em relação ao desenvolvimento", finaliza o especialista.

Quer saber mais sobre a prática do feedback com comunicação não violenta? Inscreva-se aqui no curso promovido pela ABRH SC.

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