Como não virar um profissional ultrapassado em meio ao avanço da tecnologia

Boa parte de seus bens ficará obsoleta até o fim deste ano. Pense em sua TV, em seu computador ou em seu celular. No momento em que você está lendo esta notícia, algum lançamento está transformando seu aparelhinho recém-comprado em peça de museu. Trata-se de uma estratégia da indústria chamada “obsolescência programada”. Faz parte do plano de negócios de fabricantes de telefones, de roupas ou de carros prever o envelhecimento de seus próprios produtos para que consumidores sintam a necessidade de comprar novos modelos e assim manterem-se atualizados. Pode parecer maléfico, mas é competição pura: em um mercado livre, sempre aparece alguém capaz de fazer um produto ou serviço melhor. Nenhuma consultoria inventou ainda a obsolescência programada de pessoas, mas a sensação de estar defasado na carreira incomoda muitos profissionais. Os especialistas afirmam que o mercado está mais exigente, e mesmo as pessoas competentes estão sendo demitidas. Isso tudo gera uma ansiedade no profissional e uma pressão para que ele se mantenha inteirado o tempo todo. O que antes conferia status de sabedoria hoje é visto como indício de desuso. Até dez anos atrás, passar dos 40 significava ganhar respeito e reconhecimento dos colegas. Hoje, não há mais garantias. Embora exista uma valorização recente de profissionais veteranos em diversas áreas onde há escassez de mão-de-obra qualificada, as empresas contratam e promovem rapidamente jovens para substituir os mais velhos com o objetivo de reduzir despesas. Segundo os especialistas, trata-se de um engano traçar uma linha entre as gerações. Existem jovens com pouco conhecimento digital e pessoas mais velhas que dominam esse universo. No entanto, a pressão que os trabalhadores sofrem é para que eles mesmos cuidem da própria carreira e do desenvolvimento de suas habilidades. Mania de sabe tudo A mais importante medida para um veterano não se transformar num dinossauro de escritório é manter a conexão com os mais jovens. Quem ficou para trás não percebe sua situação. O grupo em que essa pessoa está inserida é que percebe e emite sinais. É preciso ficar atento a eles. Como ocorrem com produtos que ficam velhos logo após o lançamento, alguns profissionais começam a se preocupar em evitar a obsolescência antes mesmo de amadurecer. Nos próximos anos, as pessoas conseguirão encontrar um ponto de equilíbrio. O melhor a fazer é usar o medo de ficar para trás a seu favor. A obsolescência não é o fim, é apenas o início de alguma coisa. Se seu conhecimento está ficando velho, aprenda algo novo. Assessoria de Imprensa - ABRH-SC Jaraguá do Sul
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